Você sabe o que é TDAH?
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Sabe aquela pessoa que parece estar sempre “desligada”, meio que alheia aos acontecimentos ao redor, que não consegue se concentrar em algo específico e sofre até mesmo com dificuldade de aprendizado?
E o indivíduo que decide focar em uma determinada tarefa, mas logo perde o interesse e resolve fazer algo totalmente diferente?
Pessoas assim, em grande parte das vezes, podem estar sofrendo de um distúrbio que os psiquiatras e psicólogos chamam de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou, como já é mais conhecida do público leigo, de TDAH.
Atualmente, trata-se de uma condição neurológica que está entre as mais estudadas por pesquisadores de todo o mundo, tendo em vista os problemas de ordem física, emocional e até social que pode causar à vida das pessoas.
Para entender melhor o que é o TDAH, saber como ajudar pessoas que sofrem com esse transtorno e verificar se você mesmo pode estar apresentando alguns dos sintomas dessa condição, continue com a gente neste conteúdo!
Boa leitura!
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma doença crônica que afeta as funções cerebrais e o desenvolvimento neurológico, com sintomas que começam na infância e muitas vezes persistem na fase adulta.
Sua manifestação é variada em intensidade e nos sintomas e, apesar de todos os avanços da ciência, ainda não se sabe exatamente quais são as causas desse transtorno.
Os estudos mais recentes indicam que os fatores genéticos são os principais elementos que determinam o surgimento do TDAH. A intensidade dos sintomas, por sua vez, está mais associada ao estilo de vida de cada indivíduo.
A doença pode se manifestar de diferentes maneiras.
Este grupo apresenta as seguintes características:
Os pacientes deste grupo normalmente apresentam os seguintes comportamentos:
Neste grupo, os portadores de TDAH misturam os sintomas dos grupos anteriores e têm maior predisposição a adotarem alguns outros comportamentos, como segue:
Os estudos mais recentes realizados em universidades e institutos de pesquisa de todo o mundo têm demonstrado que não existe uma causa única para o TDAH.
Os aspectos genéticos são determinantes para o surgimento da doença, mas ela vai se agravando ao longo do tempo devido a alterações no cérebro e fatores ambientais.
Já é sabido que as chances de ter TDAH é bem maior em filhos e familiares de pessoas que já possuem o transtorno, e que a hereditariedade média do TDAH é estimada em 76%.
Muitos estudos descobriram que, no cérebro das pessoas que sofrem com o TDAH, ocorrem mudanças que resultam em redução da espessura da massa cinzenta (onde se localizam os corpos celulares dos neurônios), especialmente na região frontal, responsável pelo controle da atenção, organização, memória e autocontrole.
Entre os fatores externos que podem causar o TDAH, estão os traumas ocorridos na infância, exposição a neurotoxinas (como o chumbo), infecções não curadas adequadamente e, até mesmo, problemas de saúde enfrentados pela mãe durante a gestação.
Antes de iniciar o tratamento, é preciso consultar um psiquiatra ou psicólogo para que o diagnóstico do TDAH seja feito corretamente, uma vez que este transtorno pode ser confundido com outras condições neurológicas distintas, como bipolaridade, dislexia, transtorno de personalidade e, até mesmo, autismo.
De fato, saber quais são os principais sinais e sintomas do TDAH exerce um papel essencial para o diagnóstico precoce e obtenção dos melhores resultados no tratamento.
Nesse sentido, os professores da criança muitas vezes são os primeiros a perceber que há algo diferente, orientando os pais a procurar ajuda profissional especializada.
É sem dúvida um dos maiores alicerces no tratamento do TDAH, seja na infância ou na vida adulta, pois trabalha vários cenários dentro do conjunto de terapias para condicionar o paciente a ter determinadas reações funcionais ao enfrentar as circunstâncias que mais lhe trazem dificuldades.
Por exemplo, uma sessão baseada nas técnicas de Terapia Cognitiva Comportamental ajuda a pessoa a perceber quais são os gatilhos deflagradores da agitação e as melhores formas de desenvolver a atenção.
O uso de medicação específica, que só pode ser prescrita por psiquiatras, tem o objetivo de reduzir os sintomas de hiperatividade e de impulsividade, deixando a pessoa mais calma, melhorando sua capacidade de concentração, trabalho e aprendizado.
Mudanças simples em hábitos cotidianos ajudam no tratamento do TDAH, agindo em conjunto com a terapia e medicamentos. Mudanças na alimentação, como redução do consumo de cafeína e açúcar, contribuem para melhor controlar os sintomas do transtorno.
Além disso, a prática de atividades físicas como nadar e correr também melhoram o funcionamento cognitivo e comportamental.
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